O óleo de palma está em tudo, na pizza, no sorvete, na margarina, no cosmético e no detergente. É o óleo vegetal mais versátil e sua demanda tem aumentado de modo impressionante nas últimas décadas. Atualmente, representa 1/3 da produção global de óleos vegetais, com perspectiva de incremento.
Como uma commodity, ou seja, um produto de origem agropecuária produzido em escala mundial e com características homogêneas, os preços são determinados pela oferta e procura internacionais. Considerando que Malásia e Indonésia dominam 85% da produção mundial e que o bloco Nigéria, Tailândia, Colômbia, Equador e Papua Nova Guiné representa 6,6% da produção, o saldo de 8,4% cabe a 36 países, incluindo o Brasil.
Muito se fala em modelos antigos de implantação de grandes projetos mundo à fora. Então, sempre vem a tona a extinção de espécies e a substituição de florestas nativas. Entretanto, olhar para o passado sem a compreensão do presente equivale a fechar os olhos para o futuro. Para compreender o presente algumas premissas são essenciais: a) gorduras são fontes de energia e cumprem diversas funções no corpo humano; b) não é possível alimentar o mundo sem produzir gorduras vegetais em larga escala; c) a palma produz até 10 vezes mais do que outras oleaginosas; d) diversas culturas necessitam de áreas 9 vezes superiores ao que é necessário para a palma; e) a cultura da palma reduz a pobreza, evita o êxodo rural e estimula pequenos arranjos produtivos; f) a palma realiza o sequestro de carbono e contribui para mitigar efeitos das mudanças climáticas; g) a palma é fonte de energia renovável com grande desempenho ambiental.
Então, olhando para essas premissas, e tendo em mira um futuro que garanta a um só tempo segurança alimentar e sustentabilidade, cabe-nos perguntar: “Existe apenas um único caminho a ser seguido, o do passado, ou é possível deixar bandeiras ideológicas a meio mastro (veja, não falamos em abandoná-las) para encontrar alternativas que garantam a alimentação da população mundial e contribua para mitigar os efeitos das mudanças climáticas?”.
SIM, é possível mudar. O mundo depende dos óleos vegetais e as pessoas necessitam dessa fonte vital de energia para continuar vivas. SIM, o emprego do óleo de palma como biocombustível já é uma realidade. SIM, banir o óleo de palma aumentaria a produção de outras culturas para atender a demanda mundial, e isso poderia causar mais impacto sobre a biodiversidade, com mais demanda por terra, em cultura de ciclos curtos.
E SIM, O BRASIL PODE FAZER A DIFERENÇA. Acreditamos que as salvaguardas socioambientais exigidas pela legislação brasileira, as rígidas exigências da certificação RSPO, e a nossa obrigatoriedade de utilizar áreas já degradas podem fazer do Brasil um caso de sucesso para o óleo de palma no mundo. É nesse futuro que acreditamos e é nele que estamos trabalhando para que o mundo seja melhor amanhã. Melhor para você, para nós, melhor para as futuras gerações!
Confira o Relatório das atividades da Abrapalma em 2018: