Belém, 04.09.2019
Marcello Brito, que preside a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), e está na diretoria da Abrapalma, defendeu na manhã de hoje, em evento organizado pelo governo do Pará, em Belém, que classicamente há duas formas de corrigir erros e gerar um processo de aprendizado. Uma delas deriva do amor, ou seja, passa pela aceitação do erro e alcança o compromisso com sua correção e ajuste de trajetória. A segunda forma, muito mais drástica e cruel, surge da dor. Mas, então, que dor seria essa!?
“Há mais de uma década temos recebido sinais do mercado internacional de que há problemas com nossos produtos. Não se iludam, a política ambiental virou ferramenta comercial que possibilita ou impede o acesso aos mercados internacionais. A dor, meus caros, é sofrer embargo internacional em massa, é estarmos à frente do Brasil boicotado por não conseguir administrar nossos problemas, é não deixar legado algum às gerações futuras”, ele enfatizou.
Importante destacar dois pontos na fala do presidente da ABAG. Segundo ele, precisamos discutir representação e exercício do consenso. Para explicar esses dois conceitos ele destacou que todas as desgraças da humanidade foram causadas por minorias, sempre conservadoras e coesas. O extermínio de judeus durante a II Guerra, ele alertou, “não foi causado pela maioria dos alemães, mas por uma minoria altamente conservadora e ultranacionalista”.
Então, chegamos ao grande paradigma do futuro: quem nos representa e qual o tipo de consenso estamos construindo, o da minoria ou o da maioria? A resposta depende de cada um de nós, resume Marcello.