Arquivos da categoria: Sala de imprensa

COOPERATIVISMO VALORIZADO

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou na quinta-feira (29.09.2019) a Portaria nº174/2019, que define a habilitação de cooperativas como fornecedoras de matéria-prima e prestadoras de serviço de assistência técnica e extensão rural no âmbito do programa Selo Combustível Social (SCS).

O novo texto é mais flexível em relação a esse importante arranjo socioprodutivo. Agora, as cooperativas agropecuárias de agricultores familiares podem se habilitar para vender óleo, inclusive o de palma, para a produção de biodiesel. A norma revogada (IN nº 01/2011) exigia das cooperativas a Declaração de Aptidão ao Pronaf Jurídica (DAP Jurídica), o que nem sempre era fácil obter.

A medida parece ser mais uma sinalização do Mapa de que os pequenos produtores terão incentivo para crescer no mercado das energias renováveis. É o Brasil que se prepara para mudar, e incluir os agricultores familiares faz parte da mudança.

POR AMOR OU PELA DOR?

Belém, 04.09.2019

Marcello Brito, que preside a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), e está na diretoria da Abrapalma, defendeu na manhã de hoje, em evento organizado pelo governo do Pará, em Belém, que classicamente há duas formas de corrigir erros e gerar um processo de aprendizado. Uma delas deriva do amor, ou seja, passa pela aceitação do erro e alcança o compromisso com sua correção e ajuste de trajetória. A segunda forma, muito mais drástica e cruel, surge da dor. Mas, então, que dor seria essa!?

“Há mais de uma década temos recebido sinais do mercado internacional de que há problemas com nossos produtos. Não se iludam, a política ambiental virou ferramenta comercial que possibilita ou impede o acesso aos mercados internacionais. A dor, meus caros, é sofrer embargo internacional em massa, é estarmos à frente do Brasil boicotado por não conseguir administrar nossos problemas, é não deixar legado algum às gerações futuras”, ele enfatizou.

Importante destacar dois pontos na fala do presidente da ABAG. Segundo ele, precisamos discutir representação e exercício do consenso. Para explicar esses dois conceitos ele destacou que todas as desgraças da humanidade foram causadas por minorias, sempre conservadoras e coesas. O extermínio de judeus durante a II Guerra, ele alertou, “não foi causado pela maioria dos alemães, mas por uma minoria altamente conservadora e ultranacionalista”.

Então, chegamos ao grande paradigma do futuro: quem nos representa e qual o tipo de consenso estamos construindo, o da minoria ou o da maioria? A resposta depende de cada um de nós, resume Marcello.

 

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UM NOVO DEBATE PARA A AMAZÔNIA COMEÇA NO PARÁ

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Belém, 4 de setembro de 2019

O governador do Pará, Hélder Barbalho, reafirmou hoje, para um seleto público de cerca de 100 pessoas de diversos segmentos, seu compromisso de governo, que não pretende enfrentar o governo federal, mas defender ferrenhamente a agenda estadual.

“Precisamos ter em mente a dimensão dos nossos desafios, que são enormes, mas sobretudo não temos o direito de gastar energia com discussões periféricas e inúteis. A agenda climática é prioritária em meu Estado! Então, precisamos ser pragmáticos e eleger políticas exequíveis, com resultados efetivos na vida dos paraenses”.

Para ele, o governo federal tem errado ao tentar discutir com os números e refutar a ciência. E complementa, “Seria leviano ignorar a agenda do clima como prioridade nacional. Desqualificar esse debate é estimular o conflito pelo conflito, é pequeno e quase indigno, e gera os resultados nefastos que estamos vendo”.

“Um novo debate para o Brasil começa hoje”, e ninguém está mais interessado e pode ser afetado pelo tema do que nós, os amazônidas. Aqui vivemos, e não será alguém que vive na Quinta Avenida, em Nova York, que saberá mais do que nós sobre as nossas necessidades”, ressaltou Hélder.

Segundo o governador, a imagem do país está gravemente ameaçada. E assim como já passamos por embargos relacionados à convivência com o trabalho infantil, podemos estar às portas do maior embargo jamais visto no Brasil. Essa ameaça, na fala de Hélder, estaria relacionada à falta de compromisso efetivo com a agenda climática. Em forma de apelo, ele conclamou a todos para que auxiliem o Pará a assumir uma agenda de vanguarda, encarando o pagamento por serviços ambientais como alternativa. Valendo-se de uma metáfora, finalizou, “É preciso tirar o paciente da UTI, combatendo os focos de incêndio na floresta, mas sobretudo, é chegada a hora de reestabelecer a saúde e garantir a vida do paciente. Precisamos da floresta de pé! O Brasil depende da Amazônia e o mundo espera nossa reação”.