O óleo de palma está em tudo. Está na pizza, no sorvete, na margarina, no cosmético e no detergente. Seu emprego como biocombustível também já é uma realidade. É o óleo vegetal mais versátil e sua demanda tem aumentado de modo impressionante nas últimas décadas. Atualmente, o óleo de palma responde por 1/3 da produção global de óleos vegetais, com perspectiva de incremento. Trata-se de uma cultura perene, com ciclo produtivo de 30 anos, cujo processo de extração é mecânico (sem usar solventes).
O Brasil é o quinto maior produtor mundial, e o Pará responde por mais de 85% da produção nacional, com 207 mil hectares. No Estado, a cadeia produtiva estende-se por 23 municípios, estabelecida a partir de salvaguardas socioambientais, rígidas exigências de certificação e obrigatoriedade de recuperar áreas já degradadas. Para Roberto Yokoyama, presidente da Abrapalma, essas condições podem fazer do Brasil um caso de sucesso para o óleo de palma no mundo.
O mundo precisa do agronegócio brasileiro e nós, produtores, precisamos ter segurança jurídica e paz no campo para continuar alavancando a economia. Para crescer é preciso investir. Para investir é preciso planejar. Então já passou da hora do Brasil focar em políticas públicas permanentes e que abandone os planos temporários e emergenciais.
O mundo precisa da nossa agricultura e o Brasil tem lançado mão de tecnologia em busca de sustentabilidade. Estamos mais modernos e preparados, mas também temos gaps que precisam ser superados, como o êxodo rural e o envelhecimento da população rural. Para nós da Abrapalma é importante investir em qualificação, inclusive com o envolvimento de toda a família, e é importante começar pelos jovens. O fortalecimento de arranjos socioprodutivos coletivos, como pequenas cooperativas, também é uma bandeira que defendemos, especialmente quando o assunto é agricultura familiar.
“É nesse futuro que acreditamos e nele estamos trabalhando para que o mundo seja melhor. Melhor para você, para nós, melhor para as futuras gerações”, afirma Yokoyama.
A Abrapalma reivindica a estruturação e a manutenção de políticas públicas de longo prazo. Acreditamos que a segurança alimentar determina o grau de evolução de um país e, no caso do Brasil, orientado por uma natural vocação ao agronegócio, lutamos pelo desenvolvimento sócio-econômico da Amazônia.